O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas foi publicado pela primeira vez em 1880 na Revista Brasileira antes de ser reeditado em livro em 1881. Os críticos consideram esta obra o primeiro grande romance de Machado. Assis (1839-1908) e a literatura brasileira. Com a publicação das Memórias Póstumas de Brás Cubas, o escritor traça um caminho único para a modernidade, desviando-se tanto dos códigos literários românticos, característicos dos seus primeiros romances, como daqueles que nortearam uma literatura naturalista então muito em voga.
Resumo de Memórias Póstumas de Brás Cubas
Admito que no início não foi o título que mais me entusiasmou para explorar a literatura brasileira. Mas enquanto revia os imperdíveis deste país, fixei-me em Machado de Assis, um autor brasileiro do século 19 que eu sabia que ele parecia saber vagamente e cujo nome parecia ter ouvido o nome pelo menos uma vez antes. na minha vida (sem realmente associá-lo à literatura brasileira por falar nisso). Foram suas origens e seu destino que me intrigaram em primeiro lugar. Pai negro descendente de escravos, mãe portuguesa, autodidata, muito culto … Fiquei muito curioso.
Para o título, comecei no Alienista, cujo sumário me falava bastante, mas não querendo correr riscos, fiz conforme a disponibilidade do meu babador, e aqui faço parte, incerto, das Memórias póstumas de Brás Cubas.
Eu temia algo muito sério, cerebral, indigesto, mas neste romance é exatamente o contrário! Estamos no delírio, o peculiar (tudo que eu gosto!). Delirante / excêntrico do século XIX, que não estraga nada. Realmente não pensei que me divertiria tanto com este clássico brasileiro, e ele é até o primeiro autor brasileiro que me deixa com uma imagem realmente positiva, viva e atrevida da literatura brasileira que não falta profundidade ou consistência, e o que me motiva a explorá-la ainda mais.
Estou encantado com esta escolha de repente! Para mim, ele é um grande autor clássico que todos devemos conhecer e ler como Cervantes, Dumas, etc.
Descobri aqui um autor brasileiro jocoso, cheio de humor e ousadia – já imaginando memórias póstumas escritas do além, que dá o tom! Machado de Assis claramente se diverte escrevendo, e nós nos divertimos lendo. O estilo é período, limpo, elevado e a escrita é fluida, natural e saborosa, nós gostamos muito de ler.
E, no entanto, nada de louco à primeira vista. Brás Cubas, o narrador, fala-nos da sua vida e do que lhe passa pela cabeça, enquanto se dirige ao leitor com vários piscadelas. Nem todos os acontecimentos que ele nos conta são sempre de interesse cativante, mas os capítulos são curtos e, acima de tudo, o estilo e o conteúdo se atualizam.
“[…] este livro e o meu estilo são como bêbados que atiram de direita, atiram de esquerda, avançam, param, rosnam, choram, caem na gargalhada, ameaçam o céu, tropeçam e caem …”
Essas memórias refletem a sociedade brasileira da época, mas também expressam uma certa universalidade que faz com que este livro ainda nos fale hoje. O autor, por meio de seu personagem, Brás Cubas, demonstra uma real lucidez sobre o ser humano e sobre a vida ao ilustrar sua futilidade e sua vaidade. Este último carrega na sua vida e na dos seus contemporâneos um olhar carregado de ironia ao libertar em passadas reflexões para meditar, e lançar verdades que ferem e acertam, mas sem ataque ou agressão, sempre no tom da diversão , às vezes beirando o irreverente.
Um puro deleite!
Extratos do livro
“Minha ideia foi fixada, fixada como … Não vejo nada que seja fixo o suficiente neste mundo: talvez a lua, talvez as pirâmides do Egito, talvez a tardia Dieta Germânica. Deixe o leitor escolha a comparação que mais lhe agrada, que a escolha e não fique aí resmungando, a pretexto de que ainda não chegamos à parte narrativa dessas memórias ”.
“Não estou dizendo que ela já havia conquistado as jovens de seu tempo a palma da beleza, pois este livro não é um romance, cujo autor embeleza a realidade à vontade, fechando os olhos para espinhas e sardas. ”
“És tu, minha pobre Eugénia, que nunca tiras os sapatos. Percorreste o caminho da vida, mancando com a perna, mancando de amor, triste como um funeral pobre solitário, discreto, trabalhador, até o dia em que você também passou nesta praia … O que me pergunto é se a sua existência foi realmente necessária para o mundo. Quem sabe? No cenário da tragédia humana, talvez se menos um extra fosse suficiente para derrubar a peça.”
Ler é importante!
Ler é fugir do nosso quotidiano triste e monótono, é partir para um mundo desconhecido e poder deixar nos levar pela história. Ler é uma maneira real de sair de sua vida por algumas horas e descobrir e experimentar coisas novas por meio de personagens de ficção.
Ler é um prazer, dá um prazer intenso, o de poder viver aventuras com personagens fictícios, de descobrir uma história original e de tentar compreendê-la acreditando-se nela.
Ler nos liberta, assim como nos une. É um vício que temos prazer em alimentar, porque a leitura nos permite abrir a mente e viver outra vida, descobrir certas coisas que não conhecíamos e que, afinal, nos parecem fantásticas. Isso também é ler, é aprender a entender melhor.
Vários estudos indicam que a estimulação mental pode retardar a progressão (e possivelmente até mesmo pará-la completamente) da doença de Alzheimer e da demência. Por que devemos ler? A razão é simples: manter seu cérebro ativo evita que ele perca suas habilidades. Como todos os outros músculos do corpo, o cérebro precisa de treinamento para se manter forte e saudável. A regra “use ou perca” se aplica perfeitamente ao nosso cérebro. De repente, jogos que estimulam nosso intelecto, como quebra-cabeças ou xadrez, também são benéficos para a saúde de nosso cérebro.
Quer se trate de estresse relacionado ao trabalho ou preocupações relacionadas ao seu dia a dia, não importa, ler reduz nosso estado de ansiedade. Um romance pode simplesmente nos transportar para outra dimensão. Outra vantagem da leitura é que um artigo interessante pode nos distrair. Ler tem a capacidade de aliviar nossa ansiedade e nos relaxar completamente.